sábado, 30 de junho de 2012

dia #104 - Carlos

"Somos fundamentalmente o que fazemos para deixar de ser o que somos."

A frase de Eduardo Galeano, reencontrada em um livro sobre a Revolução Mexicana, retrata bem a permanente construção dos indivíduos. Portanto, quando nos sentimos à deriva diante dos muitos caminhos e possibilidades oferecidos pela vida, não estamos perdidos ou em crise; pelo contrário, estamos vivendo plenamente.

dia #104 - helô

hoje, lendo um dos projetos que vai sair do forno, senti que ele vai trazer muita mudança na minha maneira de ver o mundo. não apenas pôr em prática o projeto vai me mudar, mas sei que vou querer que ele faça parte de um clique transformador do meu cotidiano. 
oxalá colhamos os frutos dos projetos plantados este ano em suas estações devidas e também espero que pessoas legais continuem brotando na minha vida. para quem eu devo resposta, por favor, espere só mais um pouquinho, está tudo caminhando. um grande obrigada a vocês que estão fazendo parte dessa tranforma-realização [kelly, lu, lana, dani e carlos, claros].

sexta-feira, 29 de junho de 2012

dia #103 - Carlos

Passei o dia na horizontal, sem hora, nem stress.

Aposentar o relógio, ainda que apenas por um mês, é sentir-se senhor do próprio tempo; é lembrar-se de que o corpo fala o que quer, sem precisar do apito da fábrica para lembrá-lo.

dia #103 - helô

mexendo nas pilhas de livros, encontrei dois do manoel de barros me esperando escondidinhos. por mais bizarro que pareça, não lembrava que os tinha...
abri um dos livros ao acaso, o livro das ignorãças, para ver se a poesia lia meu momento. e leu, como sempre.

"Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas."


"XIII
As coisas não querem mais ser vistas por pessoas
razoáveis:
Elas desejam ser olhadas de azul -
Que nem uma criança que você olha de ave."


quinta-feira, 28 de junho de 2012

dia #102 - Carlos

Escolhi frutas nas gôndolas do supermercado com a paciência e a calma que as férias permitem.

(Como esse mundo acelerado pelo trabalho é doente. Corremos para fazer mais cada vez pior, quando deveríamos fazer menos cada vez melhor.)

dia #102 - helô

tive tantos pesadelos à noite que acordei virada... mas também foi culpa do sanduichão que comi ontem à noite, eu sei... fiquei imprestável o dia todo, só consegui manter os olhos fechados. coloquei o sono em dia, mas nada de muito mágico, foi dia de cabeça vazia. boa noite [bóris casoy, haha!].

dia #101 - helô e carlos

caminhos a percorrer até encontrar clareiras. viver a vida para encontrá-las e conviver com a dualidade luz e sombra. mais uma vez, dona maria, nossa mestra da gentileza e da simplicidade, obrigada.


terça-feira, 26 de junho de 2012

dia #100 - helô

tem um pé de limão cravo do lado direito de onde trabalho. nessa época do ano, os galhos ficam pesados de tanto limão que ele carrega. o engraçado é que não o vi florido este ano; aliás, nunca o vi florido. mas limão para a limonada todo ano tem.
hoje, quando fui colher o limão, dei de cara com um passarinho escondido, acho que do frio, entre os galhos. ele olhou para mim e voou pra longe. lembrei do ninho que o limoeiro abrigava ano passado, fiquei viajando e até esqueci de pegar o limão. essa é a árvore do pomar que acompanha as estações e abriga mais vida. fazer do limão a limonada, tendo-a como referência, tomou novo sentido

dia #100 - Carlos

Um caixão pairando sobre Buenos Aires. Comecei o dia pensando nessa cena e vou terminá-lo com ela.

O escritor Roberto Arlt era tão grande, que seu caixão não passou no corredor de seu apartamento, forçando uma retirada pela janela. O caixão foi içado da janela de seu quarto, no ano de 1942, e seu corpo, literalmente, pairou sobre a cidade que inspirou seus textos. Segundo Ricardo Piglia, é esse o lugar que ele merece na literatura argentina: o céu portenho!

Essa cena surreal confirma que a vida, muitas vezes, é mais surpreendente que a ficção.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

dia #99 - helô

uma conversa franca fez parte do meu dia hoje. tenho considerado ser o que se é e aceitar que os outros são o que são a maior revelação e ato de amor, pois é o que é a verdade sem julgamentos.

dia #99 - Carlos

Luizinho, ver você com essa câmera confirma que a vida só se concretiza quando construída a partir do sonho! Estou muito feliz de ter assistido seu sonho virar realidade, obrigado por tê-lo compartilhado comigo e com o Silvinho entre uma rodada e outra. Sorte sempre, irmãozinho!


domingo, 24 de junho de 2012

dia #98 - Carlos

Não foram poucas as pessoas que vi comemorarem o domingo de sol. Eu fui uma delas - e olha que eu prefiro dias frios e chuvosos. Escancarei as janelas e deixei  o sol tomar conta da casa, renovando as energias e me encorajando para a última semana antes das férias.

dia #98 - helô

minhas orelhas e meus ouvidos não foram feitos de penico hoje. palavras, frases e ideias captadas durante o dia.

delicadezas do coração.
quem disse que poesia não embriaga?
o preto e branco no cinema permite ao espectador  dar a cor que quiser à história.
a figura humana em linhas lânguidas.
espelho d'água.
terra molhada.
neblina da manhã.
orvalho contra chapinhas, gorros na cabeça.
fila no açougue às sete e vinte da manhã: a tara do churras dominical.
a urgência da eterna juventude em jovens senhoras.
objeto primário de amor, quando é deslocado para fora de casa, indica o fim da adolescência.
“[...] a vida é nova e anda nua / vestida apenas com seu desejo“ - mario quintana
o indivíduo visto como agressivo é aquele que coloca limite em seu espaço vital.
a coruja no meio do caminho...

sábado, 23 de junho de 2012

dia #97 - Carlos

No fim da tarde, caminhei na Av. Paulista - o lugar da cidade de São Paulo que eu mais gosto, desde os tempos em que eu trabalhava na Peixoto Gomide.

A pluralidade predominante não me deixa esquecer que o mundo não tem fórmula, e a felicidade não se alcança com receita de bolo.

Caminhar na Paulista me torna parte do mundo, com todas as suas misérias e suas maravilhas.

Caminhar na Paulista me faz esquecer as pequenezas daqueles que esqueceram do mundo.

dia #97 - helô

quando assisto ao programa provocações, mais do que a entrevista, quero saber quais textos o sr. abujamra vai recitar. um tempo atrás, eu o assistia com papel e caneta em mãos, para tentar anotar o texto ou a referência e poder pesquisar mais tarde. por causa do vídeo de ontem, que fez eu pensar nas minhas escolhas mais uma vez, hoje, logo de manhã, fui ver vários dos vídeos do abujamra no youtube. um do brecht me marcou e martelou na cabeça o dia todo. este http://www.youtube.com/watch?v=PJnM03vBM_E&feature=youtube_gdata_player

sexta-feira, 22 de junho de 2012

dia #96 - Carlos

Escrevi, apaguei e tornei a escrever. No fim, apaguei tudo.
O que eu quero, verdadeiramente, é compartilhar com TODO (o) mundo  esse texto, que a Helô me enviou, recitado pelo Abujamra.

"Eu sei, mas não devia"
de Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

dia #96 - helô

noite de fogueira, comidinhas, vinho quente e dança circular. é incrível como tanto a fogueira quanto a dança espantam todos os demônios.



dia 95 - Carlos

O pesadelo

O pesadelo começa por ali, nesse ponto.
Mais além, acima e abaixo, tudo é parte do
pesadelo. Não põe tua mão nesse vaso. Não
põe tua mão nesse vaso do inferno. Ali
começa o pesadelo e tudo quanto desde ali
faça crescerá sobre tuas costas como uma corcunda.
Não se aproxime, não ronde esse ponto equívoco.
Ainda que veja florescer os lábios do teu verdadeiro
amor, ainda que veja florescer algumas pálpebras que
quis esquecer ou lembrar. Não se aproxime.
Não dê voltas ao redor desse equívoco. Não
mova os dedos. Acredite em mim. Ali somente cresce
o pesadelo.

Poemas extraídos de Los perros románticos, Roberto Bolaño

dia # 95 - helô

estou tentando assistir aos últimos três episódiosda sexta temporada de «house» faz um mês e durmo exatamente depois de vinte minutos do play. quero chegar logo na oitava temporada para saber como fecharam a história, mas, diante dos fatos,  vou é usar a série como catalisadora para desfrutar dos cochilos no sofá por mais um tempo. esse friozão é muito bom, dá fome e  aconchego. tenho de aproveitá-lo;  vai que daqui a alguns anos só o calor reine? [rio + 40, rá]

quinta-feira, 21 de junho de 2012

dia #94 - helô

dizem que a organização de nosso armário reflete nossa alma. desde janeiro não só meu armário, mas também meu gaveteiro estavam uma bagunça danada. comprovada a teoria: de janeiro pra cá, fui atropelada pelo tempo, pela sucessão de compromissos, além de sentimentos, sensações, descobertas, comprovações, todos tanto bons quanto ruins, às vezes confusos, outras claros e crus demais.
enquanto arrumava um e, depois, o outro, fiz um balanço desses seis meses e fechei a conta: bastante aprendizado. com essa arrumação, me veio a clara sensação de um recomeço. tenho certeza que meu ano novo começou hoje.

dia #94 - Carlos

Morreu ontem o fotógrafo argentino Horácio Coppola. A Buenos Aires que ele fotografou é a cidade dos contos de Borges, aquela da chamada época de ouro argentina, anterior aos dramas reservados para o país na segunda metade do século XX.

Suas fotografias eternizam a beleza urbana de um passado saudoso.


quarta-feira, 20 de junho de 2012

dia #93 - Carlos

A tira do Liniers foi a mágica (literalmente) do dia:

Meninas do CHAMA, a escolha não podia ter sido melhor.

dia #93 - helô

dá orgulho conhecer adolescentes assim. babi e julieta, parabéns! gostei da poesia e da contestação classuda que vocês fizeram. mostraram muita ponderação, inteligência, humildade e nos presentearam com ótimos textos.


terça-feira, 19 de junho de 2012

dia #92 - helô

meu dia ainda está longe de terminar. enquanto isso, leio uma história que me prendeu de tal maneira que, uau!, espero que ela termine como tem se mantido. acho que alma katsu é a próxima anne rice dos alquimistas. para quem gosta de thriller com um toque de fantasia, recomendo. agora vou voltar à leitura e me segurar para não contar o final do livro, rá!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

dia #92 - Carlos

Interrompi obrigações, mantive-me acordado mesmo quando o sono parecia incontrolável,  garanti a vigília com uma xícara generosa de café... tudo para ler um conto do Bolaño.

Lê-lo é garantir que o dia não terminou em vão. Pelo contrário. As portas abertas pelos seus textos são tantas que sou incapaz de atravessá-las, quanto mais fechá-las atrás de mim numa primeira leitura.

Lê-lo é garantir que não só hoje, mas os dias que se seguem, sejam, deliciosamente, inquietantes.

domingo, 17 de junho de 2012

dia #91 - helô

um fim de semana completo, com descanso e diversão, mas também com trabalho. tenho de admitir: trabalhar com best-sellers é muito, mas muuuuito divertido! <3

dia #91 - Carlos

A minha coluna avariada me impediu de fazer muita coisa nesse final de semana. Por outro lado, me proporcionou fazer muita coisa que a falta de um tempo para o ócio não me deixa fazer.

Sempre dois pesos e duas medidas.

***

Li em um conto do Borges...

"...ao recordar, não existe ninguém que não se encontre consigo mesmo."

...e pensei em muita coisa.

dia #90 - helô e carlos

acabamos de voltar da festa de 15 anos da luísa audujas, irmã mais nova da nossa querida júlia. foi uma festa emocionante, linda e pink. luísa, o tempo passou e escreveu seus 15 anos na memória. pena que você não está conosco na foto, mas saiba que sempre estará em nossos corações. muita saúde e alegrias.

sábado, 16 de junho de 2012

dia #89 - Carlos

A vida oferece muitas possibilidades. Diante de determinadas situações, as escolhas são decisivas para determinar o porvir.

É tempo de criar o futuro.

dia #89 - helô

assisti ao alice, do tim burton. adorei. nunca tinha prestado atenção na história, e é muito profunda. logo depois, estava passando na tv o julieta dos espíritos, do fellini. já tinha tentado assisti-lo muitas vezes, mas sempre dormia no meio do filme. por sorte, o filme estava justamente no momento em que sempre dormira. no alice, a pergunta quem é você, feita pela lagarta azul. no julieta, a mesma pergunta feita pelos "espíritos" que povoam seu inconsciente. em ambos, o sonho, e, nele, a busca pela resposta que só elas podem dar. são filmes magicamente libertadores.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

dia #88 - helô

mais um dia de decisões. se algumas pessoas têm o poder de estragar seu dia, outras o consertam. o vídeo que o carlos postou hoje me fez pensar em como há quem realmente faça a diferença no mundo. eu não quero deixar minha vida passar e passar e passar, muito menos quero viver a vida do outro. vários ciclos se fecham para outros se abrirem. quero saber reconhecê-los, vivê-los e saber deixar de escanteio pequenezas que, de vez em quando, se apresentam para nos desviar do caminho.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

dia #88 - Carlos

As palavras que ouvi nesse vídeo precisarão de alguns dias para serem digeridas. Essa é uma fala que, de tão revolucionária, não se pode compreender de imediato. É preciso desconstruir muitas "verdades" para compreendê-la plenamente.


dia #87 - helô

pela primeira vez, em dois meses, não segui minha rotina de viajar pra são paulo, ônibus, metrô, trabalho; metrô, ônibus, casa. confesso que me senti estranha por ter três horas a mais no meu dia. porém, esse tempinho extra me deu a chance de alimentar a alma: cozinhei uma comidinha bem gostosa e ainda brinquei a valer! :)

quarta-feira, 13 de junho de 2012

dia #87 - Carlos

Tenho assistido o despertar de uma das minhas turmas do Ensino Médio para questões políticas, sociais e culturais. Participar desse processo reforça em mim a ideia de que a educação é o melhor caminho para a emancipação dos indivíduos, preparando-os para o exercício de uma cidadania plena.

dia #86

Decidi criar um facebook. No fim, foi muito bom reencontrar amigos e vê-los bem.

dia # 86 - helô

meu dia dos namorados foi antecipado, pois hoje seria minha despedida no trabalho. é muito legal trabalhar com pessoas éticas, inteligentes, gentis e malucas. obrigada, simone e djenane! :)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

dia #85 - Carlos

Presentear é uma maneira de dizer nas linhas (e não nas entrelinhas) o quanto alguém é especial. Hoje eu presenteei, e foi tão bom (ou melhor) quanto ser presenteado.

dia #85 - helô

de manhã, fiquei ilhada num alagamento na br, uma coisa horrorosa. depois, chuva e mais chuva, nunca vi fim de outono assim. voltando do trabalho, desmaiei no ônibus. pela segunda vez, dormi encostada no vidro, coisa que pensei que nunca faria. acordei na curva que tem na entrada da cidade e segui a rotina. pensei que seria mais um dia normal, mas, quando cheguei em casa, ganhei uma surpresa de dia dos namorados do cá. uma surpresa tão linda, que eu estou muito, muito feliz. :) <3

domingo, 10 de junho de 2012

dia #84 - helô

filosofando 1

eu adoro o paulinho moska desde a época do inimigos do rei. a música "la edad del cielo" é uma das minhas preferidas do jorge drexler e, na voz e tradução do moska, ficou muito legal também. a segunda música, "pensando em você", recebi por e-mail logo que eu e o carlos começamos a namorar, então, é especial para mim... <3 ;) bem, a filosofia, na verdade, só está na letra da primeira música. o resto é puro amor.

filosofando 2
 
Al Otro Lado Del Río
 
Clavo mi remo en el agua / Llevo tu remo en el mío /Creo que he visto una luz / al otro lado del río
El día le irá pudiendo / poco a poco al frío / Creo que he visto una luz / al otro lado del río
Sobre todo creo que / no todo está perdido / Tanta lágrima, tanta lágrima / y yo, soy un vaso vacío
Oigo una voz que me llama casi un suspiro / Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

En esta orilla del mundo / lo que no es presa es baldío / Creo que he visto una luz / al otro lado del río
Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío / Creo que he visto una luz al otro lado del río
Sobre todo creo que no todo está perdido / Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío
Oigo una voz que me llama casi un suspiro / Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a
Clavo mi remo en el agua / Llevo tu remo en el mío / Creo que he visto una luz al otro lado del río

teste de estátua

conseguiu ficar parado e não imitar o mick jagger? eu não consigo! toda vez que ouço essa música pareço uma minhoquinha na hora do "mooooooooves like jagger", hahaha!

dia #84 - Carlos

Fiz muitos planos para o feriado. Estava tão ansioso por esses quatro dias de descanso que até dividi com meu colegas professores algumas das coisas que desejava fazer para relaxar das obrigações dos meses de abril, maio e junho.
Aconteceram muitas coisas nesses dias, quase nenhuma desejada por mim. Isso me provou que, na vida, nem tudo se planeja. A vida e o tempo são possuidores de uma personalidade forte, dessas que não se dobram às vontades alheias.

dia #83 - Carlos

Agora a pouco, fiquei orgulhoso de mim. Passei um café que, de tão gostoso, elegi como um dos meus melhores.

Esse café descontraiu, quebrou o gelo e esquentou corações. Bom demais da conta.

sábado, 9 de junho de 2012

dia # 83 - helô

passamos o dia relembrando histórias, recontando o triste e o feliz. a memória é mágica e muitas vezes fantasiosa, mas é nela que se encontra o reconforto.

dia #82 - Carlos

O desapego é o caminho para a felicidade, dizem os budistas. Concordo com eles. Porém, reconheço que estou longe de atingir o nirvana.

Hoje, sofri por causa do apego que alimento. Sacrificar o Lênin, ainda que fosse o melhor para acabar com o seu sofrimento, acabou comigo. Agradeci a companhia de nove anos do meu cachorro, todo o amor que ele ofereceu à minha família e, em seguida criei coragem para colocá-lo sobre a mesa...

Ainda que a minha tristeza seja fruto do meu apego, é assim que nós, ocidentais, amamos, e é assim (triste em perder o que me é caro) que eu reconheço aquilo que têm e teve valor na minha vida.

Por hora, fico com as palavras do veterinário: "ele foi um bom cachorro."

dia # 82 - helô

quantas vezes na vida temos de ter lições sobre a impermanência e o desapego? hoje, foi embora dessa terra, o cachorro mais amoroso, brincalhão, lindo, amigo, puro, doce e humano que já conheci. ele fez a diferença na vida de tantas pessoas, que, com certeza, cumpriu se papel. lênin, seja tão feliz ou mais feliz, até, ao lado de são francisco. você sabe que sempre será muito amado por nós aqui de baixo.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

dia #81 - helô

na volta para casa, assim que entrei no ônibus, vi uma cara conhecida atrás do volante. era um ex-motorista da escola, que, assim que me reconheceu, abriu um sorriso simpático. ficamos conversando por um tempo, ele me contando como estava a vida, do porquê de ter trocado de emprego, perguntou se minha irmã estava melhor. acho que foi o dia em que mais falei com ele e, quando a cobradora entrou, fui me sentar e nós dois nos desejamos boa sorte.

dia #81 - Carlos

No último sábado reencontrei ex-alunos na festa junina do colégio. Um deles é um desses alunos que não encontramos com frequência numa sala de aula de nono ano. O garoto é amante da música clássica e da história da música.

Hoje recebi um e-mail dele. Era a indicação de um filme.

Puxa, que pena não tê-lo mais na minha sala. Por outro lado, saber que ele não abandonou o seu amor pela arte, me deixou muito feliz.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

dia #80 - Carlos

Os dias de descanço que se seguem, garantirão que eu continue com os olhos bem abertos, enxergando a mágica de todos os meus dias.

dia #80 - helô


está passando na tv cultura, neste exato momento, o documentário USA vs. John Lennon. queria muito terminar de assisti-lo, mas o sono não está me permitindo. adoro o john lennon, sua rebeldia, atuação política e doçura. e eu me pergunto, depois de ler outra matéria da cult de maio: existe outra função da arte a não ser chacoalhar a sociedade e ajudar a mudar o mundo?

dia #79 - helô

o buraco não parece o mapa do brasil?
antes de uma chuveirada leptospirótica, para meu deleite matutino, estava lendo uma entrevista do cortázar que saiu na revista cult de maio e foi publicada no volume 2 do paris review pela companhia das letras. antes de citar um trecho, só um esclarecimento para justificar a mágica: o cortázar é meu escritor favorito pelo cronópio que ele é, sempre me surpreende pela simplicidade.

Quando o senhor começou a se interessar pelo fantástico? Quando era jovem?
Começou na infância. A maioria dos meus colegas de classe não tinha ideia do fantástico. Tomavam as coisas como elas eram... Isto é uma planta, aquilo é uma poltrona. Mas, para mim, as coisas não eram assim tão bem definidas.
Minha mãe, que ainda está viva e é uma mulher de muita imaginação, me incentivou. Em vez de dizer: "Não, não, você precisa ser sério", ela ficava contente por eu ser imaginativo. Quando me voltei para o mundo do fantástico, ela me ajudou dando-me livros. Li Edgar Allan Poe pela primeira vez quando tinha apenas nove anos. Roubei o livro porque minha mãe não queria que eu o lesse, pensava que eu era jovem demais e estava certa. Aquilo me deixou apavorado e fiquei doente por três meses, porque acreditei nele... "Dur comme fer", como dizem os franceses.
Para mim, o fantástico era perfeitamente natural. Eu não tinha a menor dúvida disso. Assim eram as coisas. Quando eu dava esse tipo de livro para os meus amigos, eles diziam: "Não, nós preferimos ler histórias de caubói". Os caubóis eram especialmente populares naquela época. Eu não entendia isso. Preferia o mundo do sobrenatural, do fantástico.

terça-feira, 5 de junho de 2012

dia #79 - Carlos

Depois de uma reunião no Núcleo de Estudos Culturais (NEC) da PUC, eu e alguns colegas nos reunimos com nossa professora-orientadora para batermos um papo. Conversamos sobre o que tínhamos que conversar e, depois, passamos a falar de literatura infantojuvenil (de novo a literatura se faz presente no espaço da história [mistééééério]). A experiência de anos lidando com literatura e história transformou a professora numa exímia contadora de histórias... e nós quatro, dois barbudos e dois caras “quase” grisalhos, estávamos boquiabertos, como se fôssemos crianças ouvindo uma contadora de histórias.

Saí da sala leve, sentindo a mesma sensação que sinto ao ouvir essa música do Little Joy:


dia #78 - Carlos

O dia de hoje, em que completo meus 32 anos de existência, serviu para lembrar-me das pessoas que, verdadeiramente, são importantes na minha vida. Cada telefonema, e-mail, twitter, abraço, aperto de mão, beijo e afago que recebi, comprovaram, mais uma vez, que a vida como experiência individual e única, ganha verdadeiro significado quando sentimos a presença daqueles que nos querem bem.

***

Alunos do 9º ano, obrigado pelo afeto e carinho. Vocês foram demais!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

dia #78 - helô

cada aniversário comemorado é mais um ano de experiências vividas. hoje é aniversário do carlos e, por mais um ano, passamos por muita coisa juntos. companheirismo, amor, união, amizade, admiração, respeito, entre outras muitas coisas, é o que ele me dá e eu espero retribuir sempre à altura.
ele, na minha vida, é magia o suficiente para preencher meus dias, minha história, com muito amor. querido, te amo. obrigada por ser meu companheiro nesta jornada. mais uma vez, o penúltimo deste ano antes de dar as doze badaladas: parabéns! :)

dia #77 - helô

uma voz tão poderosa e contagiante quanto sua simplicidade e simpatia. fechamos o domingo e começamos a semana com chave de ouro. [obrigada, simone!]

dia #77 - Carlos

Encerrei o domingo assistindo ao show da Mônica Salmaso (minha cantora favorita). Foi uma ótima maneira para eu começar a comemorar meu aniversário.

domingo, 3 de junho de 2012

dia #76

há momentos em que encontrar pessoas queridas e apenas dar um abraço nelas é reconfortante. às vezes queremos abraçar o mundo, mas aprendi que, free hugs, só mesmo para os queridos.

dia #76 - Carlos

Hoje, súbita e inexplicavelmente, senti o poder libertador da literatura. Mais que a História, a literatura pode ser duplamente rebelde: no conteúdo e no estilo.

***

Há dias em que a História, e o rigor que a acompanha, me cansa. Nesses dias fico enamorado pela literatura e por todo o seu potencial expansivo de lidar com o real.

Há dias nos quais o real deve ser contado por aqueles capazes de reinventá-lo... coisa que o historiador desconhece (ou deveria desconhecer).

sexta-feira, 1 de junho de 2012

dia #75 - helô

fui a um cabeleireiro chamado isonel [eu pensei que fosse leonis ao contrário, mas não é, rs] e parecia que eu estava em um programa transformação total, esquadrão da moda, ou algo do tipo. virada de frente para a porta, e não para o espelho, ele cortou minhas madeixas e, no fim de sua obra de arte, ele me virou para o espelho e eu disse: "nossa, ficou lindo, adorei!". nme vi com aquela expressão que vejo nas mulheres da tevê e que sempre pensei que fossem falsas. mas é que dá um alívio! me senti totalmente uma nova mulher [risos].

dia #75 - Carlos

A mágica de hoje se chama Otrivina, e serve para desentupir o nariz, respirar na boa e fazer você esquecer que está gripado.

Não há pajé que consiga tal resultado.