terça-feira, 31 de julho de 2012
dia #135 - helô
segunda-feira, 30 de julho de 2012
dia #134 - Carlos
Enquanto os colunistas dos jornais não se permitem sonhar além da obviedade do mundo, o artista sonha até mesmo na desgraça.
Cansei da facilidade como a tinta dos jornais se desprende do papel. Troquei-a pelo colorido das histórias em quadrinhos.
dia #134 - helô

dia #133 - helô e carlos
domingo, 29 de julho de 2012
dia #132 - Carlos e helô
A menina que cresceu entre a coxia, os camarins e os palcos, colecionou fotos autografadas, conheceu muita gente, inclusive Mario de Andrade e Tarsila do Amaral, aprendeu a tocar piano, amar a música, o teatro, as histórias... Histórias que nos contou percorrendo os murais da exposição que a homenageia, organizada por seu amigo, Dario. “O Dario, vocês o conhecem?”
Guardaremos com alegria as memórias dessa tarde com Dona Rosa, principalmente por termos sido escolhidos, em meio a tantos que passavam pela exposição, para receber da homenageada, o prazer da sua companhia e o privilégio de ouvir suas histórias.
sábado, 28 de julho de 2012
dia #131 - helô
os jogos olímpicos sempre me fascinaram, seja pelo espírito esportivo em si, com toda a superação dos atletas, seja pela união de tantas nacionalidades em um só local. teve uma época da minha infância em que amava ginástica olímpica e queria ser nadia comanecci, mesmo com todos os problemas que ela enfrentou; na adolescência, queria nadar nas águas por onde gustavo borges passou. nada disso aconteceu, esses sonhos não vingaram, mas nunca perco a abertura dos jogos e sempre me imagino no estádio vendo aquele show ao vivo. a abertura dos jogos desse ano, para mim, foi especial. percebi o poder inglês na minha formação cultural e vi o quanto a sensibilidade deles na arte é incrível. hoje, em vez de me imaginar como espectadora, me vi mary popins, mas pousando no estádio com meu guarda-chuva azul de bolinhas azuis.
dia #131 - Carlos
Algumas coisas tem sabor de um outro tempo, de tempo vivido.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
dia #130 - helô
toda vez que vou buscar ou entregar trabalho na lafonte/escala educacional, volto carregada de livros infantis ou hqs. é como ir ao parque de diversão de graça e ainda ganhar algodão doce. meus preferidos de hoje foram os da renata bueno. a gente coloca um plástico vermelho sobre uma ilustração bem complexa e, tchã-nan!, uma nova ilustração, que traz a resposta da pergunta feita pela autora, aparece num passe de mágica. diversão garantida.
dia #130 - Carlos
Hoje encarei a louça na pia e senti que precisava de um estímulo para dar conta dela. Escolhi três CDs: Olho de Peixe (Lenine); uma coletânea do Moska, do tempo em que ele ainda se chamava Paulinho Moska; e Aos Vivos (Chico César). Programei o som para alternar faixas e CDs e lavei a louça sem perceber o tempo passar, cantando junto e desperdiçando água...
Sempre achei esses três demais. Eu me lembro que quando eles emplacaram nas rádios de São Paulo, eu estudava à noite e estava no último ano do segundo grau técnico. A Eldorado transmitiu um show ao vivo durante uma aula de Administração e eu ouvi a transmissão pelo fone, enquanto o professor falava alguma coisa sobre o taylorismo.
Lavando a louça e ouvindo cada letra, só confirmei como, naqueles idos dos anos 90, o melhor a aprender era gostar de Moska, Lenine e Chico César.
Taylor não se incomodou em esperar.
dia #129 - helô
quarta-feira, 25 de julho de 2012
dia #129 - Carlos
***
"Há coisas piores que queimar livros. Uma delas é não lê-los."
dia #128 - Carlos
O entardecer no inverno marca o horizonte com uma faixa rosa que se estende até onde a vista alcança ou os prédios permitem enxergar. Bonito de ver, é uma boa pedida para ficar na janela, mesmo se o vento estiver gelado.
terça-feira, 24 de julho de 2012
dia #128 - helô
fui ao hospital. o que para muitos não é considerado um lugar legal para visitar, para mim também não é. enquanto esperava em um ps lotado, percebi que o número de crianças entre os pacientes era bem grande. apesar de estarem doentinhas, eram todas lindas, sorridentes e de bochechinhas rosadas. tão lindas, como os filhos de minhas colegas que nasceram este ano, que acho que hoje em dia não existem crianças feias, talvez uma em um milhão.
segunda-feira, 23 de julho de 2012
dia #127 - helô
dia #127 - Carlos
Estou falando isso porque acredito em oráculos. Não só acredito como tenho provas da sua existência – claro que nunca vou usá-las para convencer ninguém de nada. Uma dessas provas é uma gravação, na qual a mulher que fala é uma verdadeira pitonisa do século XXI. Ouvi-la hoje, durante um papo sobre o futuro, foi a certeza de que no universo particular, onde reside tudo aquilo que é subjetivo, o mundo se constrói de muitas maneiras, inclusive daquelas que nos esforçamos para não enxergar. São nesses casos que precisamos de pitonisas, bruxas e feiticeiras.
***
Desculpem pelos dois últimos posts serem de segunda mão, mas como estava acamado, com uma gripe que não ata nem desata, mas que causou umas febres de arrepiar (que trocadilho terrível), só pude compartilhar algumas leituras.
domingo, 22 de julho de 2012
dia #126 - Carlos
"É preciso atingir a vontade de querer retrospectivamente tudo o que aconteceu."
Nietzsche
dia # 126 - helô
sábado, 21 de julho de 2012
dia #125 - Carlos
"... um mundo que caminha entre palavras, discursos,narrativas e esperanças de compreensão."
José Sebbe - historiador e professor
dia #125 - helô
dia #124 - Carlos
Depois de uma semana instigante, na qual fui levado a pensar e problematizar muitas questões, volto para casa repleto de dúvidas que servirão como incentivo para a busca de suas respostas. Mas não só isso. Também volto para casa com a certeza de que as dúvidas e os esclarecimentos já me transformaram a ponto de eu almejar novas práticas docentes, metodológicas, sociais e culturais.
O movimento conduz à mudança. Como ouvi dias atrás, quem não se move, está morto.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
dia #124 - helô
***
recebi esse e-mail da minha querida amiga simone. aproveito para agradecê-la e para dedicar esse poema a todos os meus amigos.
AMIGOS
(Vinícius de Moraes)
...
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor.
Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências.
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. É delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí.
E me envergonho, porque essa minha prece é em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer.
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que não desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.
dia #123 - Carlos
O vendedor de balas da Rua Camargo (aquela que começa onde acaba a Eliseu de Almeida) é o vendedor mais simpático com quem tenho tido contato nos últimos dois anos. Além da simpatia nas primeiras horas da manhã - coisa rara nesses dias frios -, antes de colocar os pacotes de balas nos retrovisores dos automóveis, ele entrega a cada um dos motoristas uma bala. Um pequeno regalo capaz de arrancar sorrisos de rostos carrancudos ou displicentes.
Não sei se com isso ele consegue vender mais balas, mas com certeza deixa a manhã de muita gente mais feliz, fazendo com que os motoristas abaixem seus vidros e esqueçam as fronteiras imaginárias que os separam.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
dia #123 - helô
quarta-feira, 18 de julho de 2012
dia #122 - Carlos
Minha professora sempre deixou muito claro que, em se tratando de história oral, eu deveria optar, por questões metodológicas e, creio eu, ideológicas, pela obra do italiano Alessandro Portelli. E tem sido ele o responsável por me deixar apaixonado pelo papel social e político da história oral.
Hoje, no terceiro dia do Simpósio de História Pública, trouxe para casa o primeiro livro de ensaios do Portelli traduzido para o português. E, logo no texto da orelha, fica claro que a ênfase dada pela professora, independente das questões teóricas e metodológicas, já se justificaria pela maneira como ele se define:
"Minhas paixões são a igualdade, a liberdade, o ensino, a música popular, a memória, escutar as histórias das pessoas, os livros e os filmes, e o rock and roll".
Ou seja, ele é o que eu chamaria de um cara legal.
dia #122 - helô
dia #121 - Carlos
Quando o trânsito parou e não havia mais rota alternativa para escapar dele, sobrou olhar a paisagem e os "vizinhos". Um deles, em cada intervalo de primeira marcha e ponto morto, lia uma HQ do Lanterna Verde (provavelmente uma dos Novos 52)... Puxa, quem me dera ter uma do homem-morcego no banco do passageiro. Pois é, São Paulo oferece essas leituras inusitadas e desesperadas... Amo essa cidade.
terça-feira, 17 de julho de 2012
dia #121 - helô
dia #120 - helô
dia #120 - Carlos
Hoje, no primeiro dia do Simpósio Internacional de História Pública, além do prazer de rever os amigos e compartilhar com eles pontos de vista e ideias acerca do nosso ofício, ampliei, consideravelmente, o meu olhar em torno das novas linguagens capazes de ampliar o alcance da História.
Até sexta-feira tem muito mais.
domingo, 15 de julho de 2012
dia #119 - helô
a manhã de hoje foi tão fria quanto o resto do dia. pensei, logo que pisei fora de casa: vou passar frio. e passei mesmo. mas cada vento gelado que batia na minha cabeça, porque eu tinha esquecido a boina, fazia eu lembrar que o dia passava rápido e que, em poucas horas, eu estaria de volta em casa. o curso ensinou muitas mágicas no photoshop, o ônibus da volta estava superlotado, era mágica caber sempre mais um lá dentro. antes de chegar em casa, resolvemos passar na padaria; esse frio pede uma comida gostosa. então, vi uma torta lindona e pedi um pedaço. mas me deram dois, um de brinde, pela simpatia, disse o atendente. então, fiquei pensando: a educação soa como mágica para algumas pessoas e, às vezes, tem até o poder de multiplicar os pães! :)
dia #119 - Carlos
dia #118 - helô
dia #118 - Carlos
Não duvido que as nossas melhores ideias são lampejos provocados por aquilo que nossa sensibilidade não permite passar desapercebido.
Hoje, em meio a uma fala e outra, uma trilha sonora e outra, o desejo de escrever tomou conta de mim. Lancei as ideias no papel. Agora é torcer para que frutifiquem-se histórias.
sábado, 14 de julho de 2012
dia #117 - helô
arrumar a nossa casa e passar mais tempo nela tornou hábitos rotineiros em diversão e risada, preguiça em criatividade, mão na massa em parceria. me surpreendo todos os dias em como esse processo de organizar a vida, fazer escolhas e excluir o desnecessário funciona.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
dia #117 - Carlos
Por dois dias consecutivos, cozinhar tem sido uma diversão. Escolher o que comprar e o que fazer com o que se comprou, pode parecer muito fácil para quem cozinha cotidianamente, mas, para mim, é um desafio que o tempo livre das férias me permite transformar em diversão - gostosa, diga-se de passagem.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
dia #116 - helô
A mudança, o movimento, o dinamismo, a energia... só o que está morto não muda. (Edson Marques)"
depois, recebi da bethy outro vídeo, com eduardo galeano. é este que está aí embaixo.
dia #115 - Carlos e helô
Comemoramos mais um ano de vida da tia Marina - sempre nos ensinando que a felicidade é assim, fácil, fácil!
quarta-feira, 11 de julho de 2012
dia #114 - Carlos
O repertório das praças de alimentaçao é sempre o mesmo: Djavam, Zé Ramalho, Jorge Vercilo, Alceu Valença, Kid Abelha... Será? Não sei. Só sei que acertei essa sequência em uma praça de alimentaçao e tenho certeza que é a mesma que ouvi outro dia, em outra praça de alimentação.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
dia #113 - Carlos
dia #113 - helô
as férias passavam e eu ficava só na esperança de ver os papéis, acumulados no escritório, irem embora. mas hoje, como num passe de mágica, eles foram embora, as estantes ficaram arrumadíssimas e encontramos vários livros iguais, que virarão presentes para amigos. esse nove de julho foi realmente revolucionário.
domingo, 8 de julho de 2012
dia #112 - helô
a manhã fria, a garoa na cara, o vento cortando a pele: bem-vindo, agora sim, inverno!
dia #112 - Carlos
No post de ontem, falei sobre celebrar a vida. Enquanto escrevia, tinha em mente que a celebração a qual me referia não era a mesma que praticamos em uma festa, ou numa farra qualquer acompanhado dos amigos. Hoje, isso ficou ainda mais claro depois de um papo com meu amigo (que, pelo sobrenome - de Castro -, bem poderia ser meu parente do lado materno) Ernesto. Ele, um tipo de "lobo da estepe" averso a modismos de todo o tipo, dizia que celebrar a vida não tem nada a ver com a edição que fazemos da vida, escolhendo as melhores fotos que serão publicadas em sites ou compartilhadas no facebook, muito menos brindarmos com copos cheios as conquistas. Segundo ele, celebrar a vida é termos consciência da sua complexidade, apreendendo o que ela nos ensina e tirando o máximo de proveito desses ensinamentos. Celebrar a vida é, antes de tudo, não desperdiçá-la.
Ernesto quase nunca está presente, mas, quando aparece, sempre me lembra que a vida É. Ou seja, não é o que pensamos ser.
dia #111 - helô
além de ter sido um dia de celebração da vida, da "queima de véus", como diria osho, minha crocs, de sapa virou princesa. mas não qualquer princesa, agora a força com ela está.
sábado, 7 de julho de 2012
dia #111 - Carlos
Deixar o carro na rua e caminhar, olhar o entorno, escolher o lugar ideal para o papo, o café e a celebração da vida.
sexta-feira, 6 de julho de 2012
dia #110 - Carlos
Seguindo as calçadas de pedra, percorria ruas e buscava encontrar o lugar, que, por puro descuido, deixei de anotar o endereço. Na andança, tropecei e, quando vi, estava na esquina da noite, carregado pelo vento, com um cigarro apagado entre os dedos. Atravessei um batente sem porta e encontrei um salão em que uma poltrona vazia convidava-me a ficar. O pianista corria languidamente os dedos sobre as teclas de um piano sem som. “O que vai beber?”, perguntou-me uma jovem. Balbuciei algo em resposta. Deixei o cigarro apagado sobre o cinzeiro. A jovem voltou e trouxe na bandeja uma caixa que colocou sobre a mesa. Retirei a tampa com desprezo e vi, no interior, um vazio pequenino que tomava, pouco a pouco, toda a caixa e cobria um livro no qual se lia Toda a História. Fechei-a, acendi o cigarro e, junto com a sua fumaça, preenchi um guardanapo com essas linhas que encerro agora. O piano fez-se ouvir junto com o ponto final.
dia #110 - helô
quinta-feira, 5 de julho de 2012
dia #109 - helô
colocar em prática e em palavras, dar forma e manchar uma página em branco com ideias, que são e virão a ser, é começar a transformar o pensamento em algo concreto. pura magia da realização.
***
ajudar e ser ajudado tem se tornado algo real na minha vida. :D
quarta-feira, 4 de julho de 2012
dia #108 - Carlos
O inesperado, quando traz boas novas, transforma-se na luz de um farol... para onde navegamos buscando atracar nossa esperança.
dia #108 - helô
quando você acredita que é o único que passa por situações estranhas, para dizer o mínimo, e numa conversa descobre que há pessoas que passam pelas mesmas coisas, você se sente menos sozinho nesse mundão. este ano, tenho tido provas concretas de que nada acontece por acaso e que também não é por acaso que as pessoas entram e saem das nossas vidas. eu só tenho a agradecer pelos encontros e desencontros desse ano.
terça-feira, 3 de julho de 2012
dia #107 - helô
muitas vezes você é julgado por querer algo diferente do que as pessoas querem. por exemplo: você tem uma grande aptidão para a música, para as artes plásticas, para a literatura, para línguas, para ensinar, mas você, até mesmo dentro de sua família, é julgado como menor, pois nada disso daí, que você gosta e em que você é melhor, “dá dinheiro”. outras vezes você quer pôr seus sonhos em prática, ou quer ir morar sozinho, viajar de mochila nas costas, largar seu emprego clt, encarar o mundo com seus próprios olhos, receber do mundo o que ele tem pra oferecer, de bom e de ruim, mas, em troca, recebe olhares desconfiados e palavras que querem dizer totalmente o contrário do que disseram.
hoje, um amigo do carlos, o bruno justi, mandou um link para ele de uma página do facebook em que colocou algumas de suas fotografias, lindas. o bruno também é músico, e dos bons. um dia, depois de ter se dedicado bastante aos estudos da música, mas trabalhando clt, conseguiu uma bolsa para estudar nos eua. e foi. deixou o emprego "fixo", a família, e foi atrás do seu sonho. parabéns, bruno, pela determinação, pela coragem e por não abandonar o que gosta.
***
hoje, também, enviei toda a papelada para a biblioteca nacional. em breve, o coletivo pomar vai ter um prefixo editorial e vai poder sementear por aí.
dia #107 - Carlos
Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer.
Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.
dia#106 - Carlos
Hoje rememorei pessoas que tiveram uma passagem rápida pela minha vida. Nada convencionais, essas personagens gravaram em mim impressões singulares do mundo.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
dia #106 - helô
dia #105 - Carlos
Sou
Sou o que sabe não ser menos vão
Que o vão observador que frente ao mudo
Vidro do espelho segue o mais agudo
Reflexo ou o corpo do irmão.
Sou, tácitos amigos, o que sabe
Que a única vingança ou o perdão
É o esquecimento. Um deus quis dar então
Ao ódio humano essa curiosa chave.
Sou o que, apesar de tão ilustres modos
De errar, não decifrou o labirinto
Singular e plural, árduo e distinto,
Do tempo, que é de um só e é de todos.
Sou o que é ninguém, o que não foi a espada
Na guerra. Um esquecimento, um eco, um nada.
Jorge Luis Borges, in "A Rosa Profunda"
domingo, 1 de julho de 2012
dia 105 - helô
"A paz predominava no mundo — até que um cérebro fútil
Invejou a alimentação dos leões e preparou
Um banquete de carne para satisfazer sua gula..."