Um caixão pairando sobre Buenos Aires. Comecei o dia pensando nessa cena e vou terminá-lo com ela.
O escritor Roberto Arlt era tão grande, que seu caixão não passou no corredor de seu apartamento, forçando uma retirada pela janela. O caixão foi içado da janela de seu quarto, no ano de 1942, e seu corpo, literalmente, pairou sobre a cidade que inspirou seus textos. Segundo Ricardo Piglia, é esse o lugar que ele merece na literatura argentina: o céu portenho!
Essa cena surreal confirma que a vida, muitas vezes, é mais surpreendente que a ficção.
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