observando quem passa por ele como se estivesse prestes a ser decapitado pelo relógio, anda sobre as esteiras sem pressa. chega à plataforma, vira pedra no meio do caminho e na manhã de muita gente, mas entra no trem junto com todo mundo que os ponteiros empurraram vagão adentro. senta-se, acomoda seu bornal sobre os joelhos e ouve um elogio. responde, "sim, eu quem fiz. esse bordado é o sol da minha terra". desce do vagão, sorriso no rosto, sobe as escadas alheio ao tempo, presente na vida.
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