quarta-feira, 21 de março de 2012

dia #3 - Carlos

Um grupo de uma turma do Ensino Médio apresentou hoje um trabalho sobre o teatro grego. Fui surpreendido por uma maquete virtual em 3D – foi assim que eles definiram o trabalho – projetada num telão. Um aluno operando o computador conduziu toda a sala por um passeio pelo palco, por dentro dos camarins, do terraço e pelos assentos da plateia.
Deslumbrado com o que vi, entendi como é vã a tentativa daqueles que, aterrorizados diante do futuro que não compreendem, se esforçam para conservar o mundo como lhes foi apresentado.
Um trabalho escolar que até pouco tempo se limitaria a uma cartolina ou uma maquete, hoje é o espelho de uma geração que dialoga com o mundo à sua maneira, provando que o mundo é construído pela inconstância, pela reinvenção das maneiras como lidamos com antigos problemas ou, melhor ainda, pela inovação. Os confrontos geracionais continuarão a existir e o novo sempre há de sair vencedor, tornando únicas as experiências vividas, mesmo quando elas são a solução para antigos problemas.

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