terça-feira, 3 de abril de 2012

dia #16 - Carlos

Esqueci que falavam comigo e acompanhei do alto do campão o voo de um pássaro que planava livre, desimpedido pela ausência de qualquer obstáculo... Livre? Pouco depois passou uma ave de rapina. Os alunos confirmaram... era um gavião.

A liberdade, mesmo depois de conquistada, pode vir a ser usurpada. Para que isso não ocorra, é nosso dever atentarmos para as coisas corriqueiras, supostamente insignificantes.
São nessas horas, quando descuidamos daquilo que nos é caro, que costumamos perdê-lo. Reconhecendo o valor dessas pequenas conquistas, trataremos de lhes dar o cuidado devido, lutando e resistindo dia a dia para que elas não nos sejam arrancadas de maneira sutil.

A vida ensina.

“... uma das primeiras coisas a compreender é que o poder não está localizado e que nada mudará na sociedade se os mecanismos de poder que funcionam fora, abaixo, ao lado dos aparelhos do Estado, a um nível muito mais elementar, quotidiano, não forem modificados.”
Foucault

2 comentários:

Tainá disse...

Professor,
Seu texto me levou a uma certa reflexão, ao mesmo tempo que vai de acordo com a ideia que eu pretendo levar para toda a minha vida, de "aproveitar cada momento como se fosse o último".
Acho que devemos sempre dar valor às pequenas conquistas, pois nunca sabemos quando uma "ave de rapina" chegará para por um fim a nossa liberdade.
Parabéns à você e à Helô pela iniciativa!
Pretendo ler sempre que puder o blog!
Beijos, Tainá.

Carlos disse...

Obrigado, Tainá! Sempre que puder, passe por aqui!

Não devemos descuidar das nossas conquistas!

Um abraço,
Prof. Carlos