sexta-feira, 13 de abril de 2012

dia #26 - helô

gosto de novelas bregas. adorei "tititi" quando era criança, também adorei o remake e não perdi um capítulo. adorei "ugly betty", com toda aquela kitschaiada de cenário e aqueles personagens absurdos. gostei de partes da novela "aquele beijo", que foi brega desde o início e teve um final bollywoodiano de quinta. nesta novela, o narrador onisciente citava frases de escritores em cada final de capítulo, o que a tornou uma novela meio-brega, meio-intelectual, um misto de broadway e "provocações". hoje foi o último capítulo dela e o narrador citou o discurso de "o grande ditador". nessa consulta à memória, a genialidade de chaplin não saiu da minha cabeça. então, vou citar aqui um trechinho que resume tão bem os nossos tempos modernos e que sempre me fez refletir.

"[...] Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo — não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. [...]"

Nenhum comentário: